Há muito tempo é conhecido que os homens no Brasil morrem de seis a oito anos antes que as mulheres. Isso é fruto da característica própria dos homens de se sentirem insensíveis diante das doenças.
A mulher brasileira vai ao dentista duas vezes mais que os homens, ela visita sua médica (ginecologista) todos os anos. Já os homens não admitem sequer ficar doentes, o que os torna muito vulneráveis a ter doenças crônicas como obesidade, pressão alta, diabetes, descontrole dos níveis de colesterol e triglicérides e tudo isso sem buscar nenhuma assistência médica.
“A disfunção erétil tem íntima relação com o adoecer do homem em virtude de não cuidar de sua saúde”
A disfunção erétil tem íntima relação com o adoecer do homem em virtude de não cuidar de sua saúde. A dificuldade de obter uma ereção suficientemente rígida para ter uma relação sexual pode afetar negativamente os homens que sofrem dessa condição. Isso pode levá-los a quadros depressivos e baixa qualidade de vida do casal envolvido com o problema.
A medicina sexual viveu algumas revoluções e importantes descobertas. Nos anos 70 as próteses penianas; nos anos 80, as injeções intracavernosas; nos anos 90, as drogas orais para facilitação das ereções, tais como: Sildenafila (Viagra®), Vardenafila (Levitra®) e Tadalafila (Cialis®). Recentemente estamos vivendo uma “nova revolução” na forma de acolher, diagnosticar, orientar e tratar os homens com dificuldade de ereção. Hoje, muito se orienta quanto à mudança do estilo de vida, com melhora da qualidade alimentar, dieta saudável, atividade física regular, cuidados e visitas regulares aos médicos para prevenção e tratamento de doenças crônicas.
Os homens, no passado, demoravam de três a quatro anos para buscarem o diagnóstico e tratamento da dificuldade de ereção. Hoje essa procura está menor, pois as informações e a possibilidade de acesso à consulta médica melhorou, permitindo acolhimento, diagnóstico e tratamento correto. É importante lembrar que nem toda disfunção erétil está relacionada a alguma doença orgânica; fatores psicológicos também podem ser os responsáveis. Além dos estresses cotidianos, a ansiedade pelo ato sexual também é uma causa comum de dificuldade de ereção.
Tratamentos
No final da década de 90 houve uma revolução no tratamento da dificuldade de ereção com o advento das drogas inibidoras da fosfodiesterase tipo 5 (inibidores da PDE5). As principais drogas dessa classe são: Sildenafila (Viagra®), Vardenafila (Levitra®) e Tadalafila (Cialis®). Os inibidores da PDE5 são atualmente a primeira escolha no tratamento da disfunção erétil e apresentam taxa de eficácia acima de 70%. Essas medicações necessitam de estímulo sexual e dose correta para desempenharem a função de serem facilitadoras de uma ereção suficiente e rígida. Hoje, no arsenal terapêutico do urologista, encontramos drogas para uso diário, com resultados surpreendentes e animadores, melhorando a confiança e a qualidade de vida do homem.
Quando não há resposta ou quando o paciente não pode tomar essas drogas, existem outras opções para o tratamento da dificuldade de ereção, entre elas podemos citar a administração de drogas vasoativas como a injeção intracavernosa (Caverjet®/ou Papaverina). Existem também alguns aparelhos que agem criando vácuo, favorecendo a circulação de sangue para o pênis (bomba de vácuo).
Para finalizar, o implante de uma prótese peniana é atualmente um tratamento de terceira linha, sendo indicado apenas quando os tratamentos descritos anteriormente não apresentam sucesso.
Dr. Fernando Nestor Facio Jr. – São José do Rio Preto, SP
Fonte: Portal da Urologia