Doença acomete jovens e é indolor. Os testículos são dois órgãos localizados dentro da bolsa escrotal (escroto). São eles os responsáveis pela produção de espermatozoides e de testosterona, o hormônio sexual masculino.
O tumor de testículo é o câncer mais comum em homens entre os 20 e 40 anos. Aparece mais frequentemente em crianças e em homens entre os 30 e 35 anos, mas pode ocorrer em qualquer idade.
“O principal sintoma do câncer testicular é o aumento do volume da bolsa escrotal ou a palpação de um ‘caroço’ no testículo”
Alguns fatores aumentam o risco de um homem desenvolver câncer no testículo. O mais comum deles é a história prévia de criptorquia (crianças que nascem sem que o testículo tenha “descido” para dentro da bolsa escrotal), principalmente quando a criptorquia não foi corrigida ou foi corrigida tardiamente (após os 2 anos). Outros fatores de risco incluem a história familiar de tumores no testículo e a exposição a alguns tipos de substâncias químicas.
O principal sintoma do câncer testicular é o aumento do volume da bolsa escrotal ou a palpação de um “caroço” no testículo. É importante saber que esse “caroço” geralmente não é doloroso. Isso faz com que o diagnóstico às vezes demore mais, principalmente em crianças, já que o paciente não se queixa de dor.
O diagnóstico é feito através do exame físico e da realização de uma ultrassonografia. Outros exames importantes, após a confirmação de que há um tumor no testículo, incluem a realização de uma tomografia computadorizada do abdome e a dosagem de algumas substâncias no sangue – chamadas marcadores tumorais – que ajudam a avaliar a gravidade da doença e são importantes no acompanhamento da resposta ao tratamento.
Caso cirúrgico
Todas as massas tumorais localizadas no testículo devem ser avaliadas cirurgicamente através de uma incisão na região da virilha. Uma vez confirmada a presença de um tumor, o testículo deve ser totalmente removido.
Se for um desejo do paciente, pode ser colocada uma prótese no lugar do testículo que foi removido. A prótese não tem função de produzir espermatozoides nem testosterona, mas faz com que o aspecto da bolsa escrotal fique inalterado, o que é importante principalmente em adolescentes.
Eventualmente a cirurgia pode ser o tratamento definitivo do problema. Em outros casos pode ser necessário o uso de outras formas de tratamento, como quimioterapia ou radioterapia. A decisão de realizar outros tratamentos é baseada nos resultados dos exames de tomografia, da dosagem dos marcadores tumorais e do resultado da biópsia realizada no tumor após a cirurgia.
Graças aos avanços da medicina, hoje em dia mais de 95% dos tumores testiculares são curáveis. Mas é importante todo homem e todos os pais e mães de crianças do sexo masculino prestarem atenção a um eventual aumento do volume da bolsa escrotal. Como já dissemos, na maioria das vezes esses tumores são indolores. Portanto, o fato de não doer não deve ser usado como desculpa para não procurar um médico. Procure atendimento médico todas as vezes que notar um aumento da bolsa escrotal. Quanto mais cedo for feito o diagnóstico, maior a probabilidade de cura com tratamentos mais simples.
Dr. Henrique Rodrigues – Rio de Janeiro, RJ.
Fonte: Portal da Urologia