A doença de Peyronie é uma alteração do pênis por lesão do(s) corpo(s) cavernoso(s), com posterior cicatrização e fibrose no local lesionado.
O problema atinge, principalmente, homens com mais de 40 anos. A tal fibrose leva ao encurtamento do corpo cavernoso, comprometendo a elasticidade do membro e impedindo que se expanda normalmente. Isso leva a dor, deformidade e dificuldade de ereção e penetração.
Alguns meninos também apresentam esse quadro desde o nascimento (pênis curvo congênito), provocada por desproporção entre os tamanhos dos corpos cavernosos e uretra. Só requer tratamento se prejudicar o desempenho sexual no futuro.
A doença de Peyronie é bastante comum e ocorre normalmente após uma relação sexual mais intempestiva ou masturbação (mais raro), e também pode acontecer durante a prática de esportes com trauma local, o que leva a inflamações penianas e formação de placas internas.
O problema acomete cerca de 10% dos homens, sendo que um terço dos pacientes tem melhora espontânea, melhora, outro terço permanece e o restante piora.
Existem níveis diferentes de gravidade, podendo afetar o homem esteticamente ou atrapalhando sua ereção.
O diagnóstico é basicamente clínico, feito com conversa com paciente, exame físico e por foto do pênis em ereção. Raramente se faz necessário ressonância magnética para visualizar a placa fibrótica.
Quando o paciente sofre de dores e problemas sexuais decorrentes da doença é realizado procedimento cirúrgico, no qual o médico geralmente encurta o lado bom. O procedimento tem alta eficácia, mas leva a diminuição do tamanho do pênis. Isso dependerá da gravidade da curvatura.
Outra cirurgia possível é alongar o lado encurtado. É uma cirurgia mais complexa. associada a índices maiores de impotência pós-procedimento.
Fonte: Dr. Danilo Galante