“No Brasil, essa síndrome atinge aproximadamente 30% da população em geral, aumentando de acordo com a idade e chegando a quase 50% da população entre 55 e 64 anos.”
A síndrome metabólica consiste em um grupo de características que leva a anormalidades nas paredes dos vasos sanguíneos do nosso corpo. Essas anormalidades aumentam o risco de doenças cardíacas e diabetes mellitus, além de poderem causar problemas de ereção em homens. É preciso que o indivíduo apresente no mínimo três dos seguintes fatores para que tenha a síndrome metabólica:
- Obesidade, com elevada gordura abdominal
- Níveis aumentados de triglicerídeos (nível de gordura no sangue)
- Níveis baixos de colesterol do tipo HDL (“colesterol bom”)
- Níveis aumentados de glicose (açúcar no sangue)
- Pressão sanguínea alta
Uma gordura abdominal aumentada causa maior liberação de gordura no sangue, o que dificulta a ação da insulina, hormônio responsável por levar a glicose para dentro das células, causando um depósito de gordura na parede dos vasos sanguíneos e músculos. O sobrepeso/obesidade, a falta de exercícios físicos no dia a dia, o envelhecimento, o uso de cigarro e baixos níveis de hormônios sexuais são associados ao desenvolvimento da síndrome metabólica. Geralmente os pacientes com essa síndrome não apresentam sintomas, sendo identificada pelos exames de sangue, medida da pressão arterial e da circunferência do abdome.
No Brasil, essa síndrome atinge aproximadamente 30% da população em geral, aumentando de acordo com a idade e chegando a quase 50% da população entre 55 e 64 anos. Já nos Estados Unidos, a síndrome afeta cerca de 20% das pessoas, atingindo 43,5% dos indivíduos entre 60 e 69 anos.
Tanto o tratamento quanto a prevenção consistem em mudanças nos hábitos de vida. Isso inclui principalmente perda de peso, alimentação mais equilibrada e prática de atividade física (pelo menos 30 minutos por dia). Além disso, o uso de medicações para controlar a pressão alta e os níveis de glicose e gorduras no sangue podem ser necessários.
Fonte: Portal da Urologia
Dr. Carlos Eurico Cairoli – Porto Alegre, RS
Laura Marcon Bischoff, acadêmica de Medicina – Porto Alegre, RS