O problema conhecido popularmente como “bexiga baixa” é bastante comum em mulheres com mais de 40 anos e merece muita atenção.
As dores constantes na pelve, prisão de ventre e incontinência urinária são alguns dos sintomas que alertam para essa condição. O chamado prolapso genital ou cistocele é resultado da perda da sustentação da bexiga, uretra, útero, intestino e reto.
Principais causas da bexiga baixa
Conforme vimos, a cistocele acontece em decorrência da perda da sustentação da bexiga, mediada por músculos e ligamentos que se encontram no interior da pelve da mulher. Isso pode acontecer por diversos motivos:
- parto prolongado ou múltiplos partos normais;
- gravidez;
- menopausa;
- envelhecimento natural, a partir dos 50 anos;
- retirada do útero;
- cirurgias vaginais ou abdominais;
- alterações hormonais;
- doenças musculares, genéticas e neurológicas
- obesidade.
Como saber se sofro de bexiga baixa?
A verificação dos sintomas da bexiga baixa varia conforme o grau do problema. Por isso, muito embora a condição acometa, geralmente, mulheres com idade superior a 50 anos pela menopausa, é possível que mulheres mais jovens possam ter a musculatura do assoalho pélvico enfraquecida. Dessa maneira, é fundamental estar atenta aos seguintes sintomas que virão sinalizar a condição de bexiga baixa:
- incontinência urinária;
- desconforto e/ou dor durante as relações sexuais;
- sensação de pressão na região pélvica e na vagina;
- sensação de que existe uma bola na vagina;
- aumento da frequência urinária;
- dificuldade de começar ou parar de urinar;
- necessidade urgente de urinar;
- infecções urinárias recorrentes.
Como resolver o problema?
Em casos mais graves, a intervenção para a bexiga baixa é o procedimento cirúrgico, capaz de recolocar os órgãos afetados em suas respectivas posições adequadas. A cirurgia é acompanhada de uma malha, que é inserida para reforçar a região que está enfraquecida. No entanto, caso a cirurgia não seja necessária, será recomendado que a mulher utilize um anel de borracha (pessário) que irá fazer a sustentação do útero.
Fortalecimento da musculatura pélvica
Ainda assim, se o quadro estiver em seus estágios iniciais, é possível evitar o agravamento por meio de exercícios perineais. Dessa forma, os exercícios são capazes de fortalecer os músculos do assoalho pélvico e demonstrar a maneira correta de contraí-los.
É possível também utilizar técnicas como biofeedback, que se dá pelos movimentos de contração e relaxamento da musculatura pélvica enquanto há um registro dos movimentos por um computador. Outra maneira é a eletroestimulação, um procedimento na qual choques são capazes de estimular a contração muscular.
É possível prevenir a bexiga baixa?
Para prevenir a condição de bexiga baixa é importante se atentar à algumas recomendações:
- praticar os exercícios perineais, principalmente se a mulher estiver grávida ou planeja ser mãe;
- evitar os fatores de risco: ganho de peso, a constipação intestinal e a tosse crônica;
- praticar ioga e pilates.
Ainda assim, é fundamental estar atento às práticas para o fortalecimento da musculatura, pois se a contração da pelve não for feita corretamente, é possível que o quadro até se intensifique. Por isso, visite regularmente um especialista.