Por mais comum que possa parecer, dependendo da idade da criança, o xixi na cama pode ser um distúrbio.
Normalmente, crianças com mais de 5 anos já sabem identificar e controlar a vontade de ir ao banheiro. Se após essa idade ela continuar fazendo xixi na cama, pode ser enurese, que se caracteriza pela perda urina durante o sono.
Calcula-se que episódios de enurese ocorram em 15% das crianças aos cinco anos, 7% aos 10 anos e 3% aos 12 anos, demonstrando o quanto é comum sua ocorrência. Para tratar esse tipo de problema, o Sírio-Libanês conta com o Centro de Tratamento de Incontinência Urinária.
Sintomas e causas
Os sintomas são facilmente identificados. O local onde a criança dormiu fica molhado de urina, seja de dia ou de noite, e a própria criança pode-se queixar de que fez xixi durante o sono. Se esse fato se apresentar de forma contínua, é recomendado buscar ajuda médica.
Existem várias causas que podem originar a enurese, incluindo a hereditariedade. Se um dos pais sofreu com o problema na infância, as chances de o filho desenvolve-lo são de até 40%. Se os dois pais tiveram, a probabilidade aumenta para 60%. Outras causas comuns são:
- Alterações de sono.
- Alterações de bexiga.
- Produção excessiva de urina durante a noite.
Diagnóstico
A criança deve ser examinada por um médico. A família também pode fazer sua parte, criando um diário da ocorrência da enurese, fornecendo ao médico detalhes sobre sua frequência.
Para aprimorar o diagnóstico, o Centro de Tratamento de Incontinência Urinária do Sírio-Libanês conta com equipamentos avançados de avaliação não invasiva, além de exames como urodinâmica e videourodinâmica, para casos mais complexos.
Tratamento
É importante que os pais expliquem para a criança que esta é uma condição comum e que ela será superada. Ela deve ser estimulada e nunca castigada.
Certifique-se de que a criança está indo normalmente ao banheiro, inclusive antes de dormir, e que ele não fica segurando o xixi por muito tempo.
É importante recompensar a criança quando ela não molha a cama, como uma forma de fazê-la se empenhar na melhora.
Outros métodos de tratamento, como um alarme preso ao pijama da criança que a avisa quando ela deve ir ao banheiro, ou o uso de medicamentos, deverão ser apontados pelo médico que acompanhar o caso.
Quando, além de enurese ocorrer perdas diurnas (enurese não monossintética), o treinamento vesical por biofeedback e a estimulação elétrica podem ser empregados com altas taxas de sucesso.
Fonte: www.hospitalsiriolibanes.org.br