Dados do Instituto Nacional do Câncer apontaram 68.220 casos novos de câncer de próstata para o biênio 2018-2019. Excluindo o câncer de pele não melanoma, o câncer de próstata é o mais incidente entre os homens em todas as regiões do país. Alguma medida alimentar ou mudança de hábitos de vida pode auxiliar na prevenção ao problema? A resposta, infelizmente, é não.
Ao longo dos anos, estudos apontaram que o licopeno, presente no tomate, e a vitamina E e o selênio, presentes na castanha-do-pará, teriam um fator protetivo. No entanto, ao se fazer estudos mais específicos, chegou-se à conclusão de que essas substâncias não tinham efeito contra a doença.
“Discute-se muito sobre os fatores de risco alimentares para o câncer de próstata e se existe alguma correlação positiva de uma maior incidência do câncer de próstata com obesidade e sedentarismo. No entanto, vários fatores alimentares que se esperava que fossem protetores contra câncer de próstata – como o licopeno do tomate ou o selênio e a vitamina E das verduras e da castanha-do-pará – não demonstraram ser verdadeiros em estudos clínicos específicos. Desta forma, a maior prevenção segue sendo a adoção de estilos de vida saudáveis”, afirma o urologista Gustavo Franco Carvalhal, professor de pós-graduação em Medicina e Ciências da Saúde da Faculdade de Medicina da PUC-RS. Entre as orientações para uma vida saudável estão evitar gordura animal e realizar exames médicos periódicos.
A Sociedade Brasileira de Urologia recomenda a ida a um urologista para avaliação da próstata a partir dos 50 anos. Caso algum parente de primeiro grau (pai, irmão, tio) tenha tido a doença, a consulta deve ocorrer a partir dos 45 anos, visto que a chance de ter a doença é maior nesse grupo.
Fonte: Portal da Urologia