A deficiência androgênica do envelhecimento masculino (DAEM), antigamente conhecida
como andropausa, é a fase marcada pela diminuição na produção de testosterona
(hormônio sexual masculino).
Estima-se que os níveis de testosterona em homens com mais de 40 anos diminuam a uma
taxa de 1% ao ano. Cerca de 15% dos homens vão apresentar DAEM em algum momento
durante o processo de envelhecimento, mais comumente após os 60 anos de idade.
Podem ocorrer sintomas como: disfunção erétil, diminuição do desejo sexual, perda de
massa muscular, aumento da gordura abdominal, cansaço, desânimo, diminuição dos
pelos, alterações do humor, etc. Um simples exame de sangue confirma o problema e a
reposição hormonal pode ser iniciada.
A reposição deve ser feita por profissional habilitado, devido às contraindicações (como
câncer de próstata) e efeitos colaterais como eritrocitose (uma hiperviscosidade sanguínea
que pode predispor a trombose, infarto e AVC), agravamento de uma insuficiência cardíaca
congestiva, infertilidade irreversível, atrofia dos testículos, aumento das mamas, apneia do
sono, retenção de líquidos, acne, etc).
A DAEM é sobretudo uma condição genética, atrelada ao processo de envelhecimento, mas
ter hábitos de vida saudáveis, como atividade física regular, dieta balanceada e evitar a
obesidade, contribuem para diminuir o risco de desenvolver a doença.
A SBU (Sociedade Brasileira de Urologia) desaprova e reprime severamente o uso de
testosterona em homens com níveis normais do hormônio e com a finalidade de ganho
rápido de massa muscular.