Fimose é a dificuldade de expor a glande (“cabeça” do pênis), levando a vários problemas: dificuldade para urinar, dores na região genital, incômodos com a higiene local (sujeira e mau cheiro), além de aumentar a chance de infecção urinária.
A pomada, inicialmente usada no tratamento de alguns pacientes, só é efetiva para “descolar” a pele do prepúcio da glande, a que chamamos de aderência balano-prepucial. Ela não resolve quando o prepúcio estrangula a glande, impedindo sua exposição. Esses casos só são resolvidos com cirurgia (postectomia). Nesse procedimento, é realizado retirada do excesso de pele e a glande fica livre e exposta.
E quem deve realizar a postectomia?
- Pacientes com fimose, ou seja, aqueles que não conseguem expor a glande
- Pacientes que apresentam infecções do pênis de repetição – chamada balanite (infecção da glande) e a postite (infecção do prepúcio), ou ainda balanopostite
- Questões religiosas: judeus costumam operar os bebês assim que nascem
- Prevenção de doenças – Estudos mostram benefício na redução do risco de câncer de pênis, de doenças sexualmente transmissíveis (HPV) e de infecções de repetição quando a cirurgia é feita ainda no primeiro ano de vida.
A cirurgia pode ser motivada ainda por questões estéticas e pela melhora na higienização do pênis, já que o excesso de pele pode acumular secreção (esmegma) e provocar mau cheiro.
Após a cirurgia, não há grandes limitações para o paciente, pedimos apenas para que evite exercícios intensos e situações de risco para colisões com a região operada. Dor não é uma queixa comum. Roupas íntimas mais apertadas após a cirurgia são úteis, já que evitam que o órgão balance, gerando desconforto. Em relação à abstinência sexual, recomenda-se que o paciente fique quatro semanas sem sexo após a cirurgia.