Recentemente, foi divulgado pela mídia, em nosso país, o uso de ondas de choque (ondas eletromagnéticas de baixa intensidade) no tratamento da disfunção erétil. De fato, pesquisas preliminares mostram que as ondas de choque de baixa intensidade podem melhorar a função erétil (avaliada por questionários específicos para ereção) por alguns meses. Caso esses resultados se mantenham em longo prazo e se efetivamente o método for capaz de interferir nos sintomas da disfunção erétil, representará uma alternativa atraente e inovadora.
O mecanismo de tal ação ainda requer investigações adicionais, mas provavelmente se deve à recuperação dos danos vasculares existentes no tecido erétil masculino. Entretanto, não há evidência científica robusta que comprove a eficácia e a segurança deste tratamento em longo prazo. Adicionalmente, parâmetros fundamentais no tratamento, como frequência, energia usada e tempo de tratamento não foram padronizados, por este motivo, ainda não foi autorizada a sua utilização nos Estados Unidos.
A Sociedade Brasileira de Urologia, por meio do seu Departamento de Sexualidade Masculina e Reprodução entende que a aplicação de ondas de choque para tratamento da disfunção erétil na prática clínica deve ser precedida de consentimento livre e esclarecido, expondo-se a ausência de acompanhamento de longo prazo. E, até o presente momento, não há indicação para o tratamento da curvatura peniana causada pela doença de Peyronie, também comentado pela Sociedade Européia de Urologia.
Fonte: Portal da Urologia